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Consciência Negra

Campus Passos organiza II Semana da Consciência Negra

1 DSC 0119O IFSULDEMINAS - Campus Passos, por meio do coletivo AfroIF e convidados, promoveu, nos dias 20 a 24 de novembro, a segunda edição da Semana da Consciência Negra. Com o objetivo de conscientizar a comunidade acadêmica sobre a cultura negra, a programação reuniu rodas de conversas, apresentações musicais, exposições e exibições de filmes relacionados ao tema.

Na primeira atividade do dia 20, quando é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra,   representantes do Campus Passos, UEMG, Congada e Educafro se uniram aos servidores e alunos para uma roda de conversa sobre empoderamento e concepção de negritude. Cada participante contou um pouco sobre o olhar enquanto negro, como cada um se vê e como a sociedade o percebe, compartilhando história de vida, preconceitos sofridos e experiência de se descobrir negro. Além disso, três integrantes da Congada de Passos, José Roberto dos Santos, Daniel dos Santos e Francisco Régis dos Santos, encantaram a plateia com duas apresentações culturais.

“Como falamos de olhar, uma questão interessante de ser trabalhada é descobrir-se negro. Para cada pessoa, isso acontece de uma forma diferente. Por isso, é importante falarmos dessas experiências de vida”, comentou uma das organizadoras do evento, a auxil1 DSC 0123iar de Biblioteca Gisele Silva Oliveira.

Para as estudantes irmãs Raiane Rodrigues e Raissa Viana, não houve processo de descoberta, pois elas nasceram em família negra e, com incentivo dos pais, a aceitação sempre foi boa. “Não me descobri negra, já nasci assim e sempre tive orgulho disso”, declarou Raiane. “Desde pequenas, já sabíamos, todos eram negros, era uma coisa legal. Aceitação veio de berço. A mãe sempre falou, a vida não é fácil, mas tenho orgulho de ser quem sou graças aos meus pais”, reforçou Raissa.

Já o psicólogo Oronilson Júnior enfrentou o preconceito logo quando criança e, dessa forma, descobriu-se negro “pela dor”. “Sou filhos de pais negros, mas tenho primos brancos na família. Não havia diferenças. Um dia, no entanto, na hora do intervalo da escola, minha lancheira se abriu no chão e caíram minhas bolachas. Lembro da fala de um colega: pode pisar, que é preto. Aí que me descobri, pois até aquele momento não havia me colocado em uma situação diferente”, contou.

A comissão organizad1 DSC 0006ora da Semana pensou em todos os detalhes ao elaborar a programação. Oficinas e dinâmicas em grupo, por exemplo, deixaram os estudantes bem à vontade para agregarem conhecimento e também estreitarem laços de amizade.

A oficina de capoeira, ofertada pelo prof. Ademir Hervatin Neto, mostrou-se uma boa oportunidade para os presentes refletirem sobre os aspectos da atividade física, que alia agilidade, coordenação motora e destreza. Para a estudante Dayane Ribeiro, que praticou capoeira por sete anos, graças ao incentivo da mãe, a capoeira é mais do que um esporte, “é uma arte, um jogo, uma dança, uma filosofia de vida que foi construída através da trajetória dos povos escravizados em nosso país e que até hoje se faz presente após ultrapassar inúmeros desafios”.

Clique aqui e confira a edição de 2017!

Ascom/ IFSULDEMINAS - Campus Passos

27/11/2018

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